segunda-feira, 25 de abril de 2011

O GRANDE AGEPÊ

AGEPÊ

Agepê é o nome artístico de Antônio Gilson Porfírio. A idéia de seu nome artístico decorre da pronúncia fonética das iniciais do nome verdadeiro "AGP". Nascido em 10 de agosto de 1942 na cidade do Rio de Janeiro, passou a infância quase na miséria no Morro do Juramento. Sua mãe era alagoana e seu pai, músico.

Ficou órfão ainda menino e foi à luta, para ajudar a mãe faxineira. Aos 18 anos, enquanto prestava serviço militar na Aeronáutica, arregimentou uma gangue e fugia sistematicamente do quartel para namorar. Acabou sendo expulso.

Foi office-boy da Embaixada da Alemanha no Rio de Janeiro e foi técnico projetista da extinta companhia telefônica Telerj.

Abandonou os telefones e foi se dedicar a carreira musical, onde em 1975 lançou o compacto "Moro onde não mora ninguém. A música que dava nome ao disco  Moro Onde Não Mora Ninguém, gravada em compacto simples, vendeu 950.000 cópias, em 1976.

Nos anos seguintes, seus LPs foram conquistando um público cada vez mais fiel."Trabalhei pra burro, subi morro, andei pelo subúrbio, por estrada de terra", dizia. 

Em 1984, a música "Deixa eu te amar" (“Deixa eu te amar / faz de conta que sou o primeiro...”) estorou em todo o Brasil. A canção fazia parte do álbum Mistura Brasileira, que foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas (vendeu um milhão e meio de cópias). Devido à popularidade deste samba, chegou a ser capa da revista Veja de 29 de janeiro de 1986, que trazia a reportagem "O samba romântico explode com Agepê".

 
  
Na época da reportagem, ele era o Artista número 1 da gravadora Som Livre, da qual ganhou uma Mercedes 83  e tinha uma percentagem de vendas maior do que muito artista consagrado na época. Nesse período de auge, só não vendeu mais do que o eterno Roberto Carlos e do fenômeno infantil que foi a Turma do Balão Mágico.

Apresentando-se num impecável terno de cetim branco e sapatos de cromo da mesma cor, Agepê era o símbolo do som romântico, que às vezes até beirava a sensualidade. Era desprezado pelas rádios FM, ridicularizado pela crítica e hostilizado por roqueiros e intelectuais que o consideravam popular e comercial ( o chamado samba joião).

Humilde, Agepê
creditava o sucesso adquirido ao fato de já ter vivido "de A a Z" e, por isso, saber a linguagem do povo.

O que os críticos não sabiam era que além de samba, o repertório eclético de Agepê era composto por baião, afoxé e outros ritmos.
Grande apaixonado pelo carnaval, fez parte da ala de compositores da Portela, onde era uma espécie de ídolo de plantão, sempre presente aos ensaios e desfiles. Sempre deixou explícita a sua discórdia com a diretoria da escola.
Amargou por 5 vezes o 2° lugar na disputa dos sambas-enredo da agremiação carnavalesca.

Uma de suas últimas apresentações foi na quadra da Portela em agosto de 1995, quando concorreu com o samba-enredo "Essa gente bronzeada mostra seu valor" em parceria com Canário e Bira Caboclo. Samba este foi o escolhido para defender as cores da escola no ano seguinte e com sua voz no comando.

Mas o destino quis diferente.

Faleceu em 30 de agosto de 1995 aos cinquenta e três anos de idade, vítima de cirrose.


Discografia

Agepê lançou 15 discos de carreira, teve 3 coletâneas lançadas em vida e impressionantes 19 coletâneas de sucessos lançadas após a sua morte.

Fontes:

Vídeos




domingo, 17 de abril de 2011

JOSÉ ORLANDO - O PISTOLEIRO DO AMOR

JOSÉ ORLANDO

José Orlando Santos de Almeida ou simplesmente José Orlando nasceu em Pedreiras, cidade do interior do Maranhão em 11 de julho de 1954. Com 15 anos mudou-se com a família para Fortaleza - CE onde tudo começou. Ganhou um violão da mãe e aprendeu a tocar sozinho. Fez suas primeiras composições. Participou de programas de calouros e de festivais de música. Sempre se destacando nos mesmos, em 1975 gravou sua primeira música como compositor com o cantor Alípio Martins. O seu primeiro disco foi um compacto simples lançado em 1979.

Em 1981 gravou o primeiro LP da carreira com o nome de “O cheiro do povo”, mas o sucesso só veio 2 anos depois com o lançamento do disco “Declaração”, produzido por Alípio Martins.




Muitas músicas se destacaram com o LP “Declaração”, tais como: “Hei você, Psiu...” e “Menina do interior”. O LP alcançou mais de 100 mil cópias, prestigiando-o com o primeiro disco de ouro da carreira.

A cada novo disco lançado, mais canções nas paradas de sucesso, como: “Calafrio” (1985), “Tenho pena de você” (1986), “Parabéns pra você” e "Eu quero é namorar" (1987),“Feliz Ano Novo” (1988),



    
Em 1989 lançou o LP Brincar de Amor, com destaque para as faixas "Largue esse homem" e a imperdível “Guerra e Paz”.



No ano seguinte, 1990, gravou o disco Remelexo, álbum recheado de sucessos; Surra de Amor”, “O Andarilho”, “Querem me roubar”, Mulher difícil,o homem gosta" e “Loirinha", canção bastante executada nas rádios do país no auge da Lambada, que ainda destacaria o grupo Kaoma, Beto Barbosa, Marcia Ferreira e Beto Douglas.



 
Em 1991, lançou o LP Pistoleiro do amor. A música que tem como nome o título do LP, Pistoleiro do Amor, até hoje é o seu maior sucesso e vem atravessando gerações.

José Orlando já gravou 1 Compacto, 12 LPs, 25 CDs e 4 DVDs, o primeiro DVD gravado em Maceió, no teatro Deodoro, o segundo DVD com um “arquivo pessoal” com apresentações em programas de televisão, o terceiro em Santana do Mundaú – Alagoas, e o quarto em Parnamirim – RN – José Orlando já ostenta 4 discos de ouro e já vendeu mais de 5 milhões de discos no Brasil e no exterior.

Suas canções já foram gravadas por grandes intérpretes da música brasileira. Cantores e cantoras como: Alípio Martins, Nando Cordel, Alcymar Monteiro, Fafá de Belém, Fernando Mendes, Maria Alcina, Genival Lacerda, Gian e Giovani, Sandro Becker. Bandas como: Kaoma, Mastruz com Leite, Aviões do Forró e outras bandas regionais.

Assim como o fenômeno Odair José, José Orlando vem sendo redescoberto por jovens universitários e adolescentes curtem seus grandes sucessos, organizam comunidades na internet e lotam as casas de shows para dançar, embalados por suas canções. O artista e sua banda, Pistoleiros do Amor, realizam shows por todo Norte e Nordeste, principalmente nos estados Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

 

Fonte:


VÍDEOS

terça-feira, 12 de abril de 2011

EVALDO BRAGA - O ÍDOLO NEGRO

EVALDO BRAGA





O COMEÇO


Evaldo Braga nasceu na cidade de Campos dos Goytacazes em 28 de setembro de 1947 , Estado do Rio de Janeiro. Ele nunca conheceu seus pais: foi abandonado na rua e encontrado por uma senhora do Juizado de Menores que o encaminhou a FUNABEM. Infância parecida com milhares de outras crianças do país. Sua vontade de vencer foi sua diferença.

O desejo pela fama sempre o acompanhou. Mantinha, ainda na Funabem, uma disputa com um colega seu: um dizia que ia ser um cantor famoso. Outro, que ia ser um jogador de futebol famoso. Esse colega era Dario Peito de Aço, o Dadá Maravilha.


Ao atingir a maioridade, Evaldo trabalhou numa empresa funerária e numa companhia de aviação e, quando se viu sem possibilidades de conseguir outro emprego, foi engraxar sapatos na porta da Rádio Mayrink Veiga, conhecendo então vários artistas.

Passava os dias engraxando sapatos na Rua Mayrink Veiga, perto da famosa Praça Mauá, rua onde ficava a não menos famosa Rádio Mayrink Veiga e ali acabou por fazer contato com os artistas daquela Rádio e pouco a pouco foi acalentando o desejo de se tornar cantor. E foi Isaac Zaltman, que apresentava o programa “Hoje é Dia de Rock”, quem lhe deu a primeira oportunidade. Pouco depois a rádio fechou e Evaldo não tinha sequer onde morar.


O SUCESSO


Então conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que gostou de sua voz e da maneira dele pronunciar bem cada palavra e o apresentou ao produtor Jairo Pires da gravadora Polydor, que andava procurando um cantor que fizesse frente à Nilton César contratado de outra gravadora.

Evaldo Braga lançou seu primeiro disco em 1971, e logo se tornou um sucesso com a música “A cruz que carrego”, de autoria de Isaías Souza, com uma carga dramática e autobiográfica incrível em versos como “Sinto a cruz que carrego bastante pesada, já não existe esperança no amor que morreu/a solidão e amargura/sempre me marcaram” que imediatamente podem ser remetidos a todo seu drama. O fato é que essa composição caiu logo no gosto popular e mesmo que a crítica especializada da época não desse muita importância a ele, nem ao menos se dando ao trabalho de avaliar seus dotes vocais e muito menos querendo travar qualquer contato com as músicas que cantava, seu sucesso aumentou cada vez mais. 


O AMARGO PASSADO

Apesar da infância pobre e difícil, Evaldo até que quis saber mais sobre o seus pais, a sua origem. Foi para Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, onde, após muita procura encontrou um senhor e dele obteve uma triste revelação; Sua mãe fora prostituta e o abandonara recém-nascido em uma lata de lixo. Muito sofreu ao saber de sua história, procurando uma maneira de superá-la através do trabalho, da arte e por fim, da bebida.


O AUGE

Em 1972 lançou o LP -Ídolo negro- Volume 2. Esse seu segundo disco contou com arranjos dos maestros Waltel Branco e Perucci apresentou novamente uma ambiguidade temática que tanto podia levar a relacionamentos amorosos desfeitos como remeter a sua biografia e ao abandono sofrido na infância.

O maior exemplo disso é “Eu não sou lixo”, parceria sua com Pantera, e que remete diretamente ao seu drama a começar pelo título e por versos como “Eu não sou lixo pra você querer me enrolar/Eu não sou lixo pra você fora jogar meu bem”, que imediatamente podem ser associados ao que a mãe fez com ele. Outras composições desse disco também podem ser utilizadas como uma autobiografia musical senão em suas totalidades, pelo menos em títulos ou frases

É esse o caso de “Esconda o pranto num sorriso”, de Jacy Inspiração e Marcos Lourenço que diz “Vou pela rua desta vida/E já nem sei/pra onde vou/pra ponde vou/Talvez na curva do destino/Alguém me dê o que você negou”. Ou então de “Não vou chorar”, de sua autoria e Hailton Ferreira que diz: “Pouco me importa que tu voltes novamente/Faz tanto tempo que até me acostumei/Sem teu carinho”, ou então “Tudo fizeram pra me derrotar”, de sua autoria e Izaias Souza, na qual ele canta: “Tudo fizeram pra me derrotar/Não conseguiram ao menos lembrar/Que sem parentes e sem um amor minha sorte vou chorar/Eu já não faço questão de viver/Sem seu amor faço apenas morrer/ (..) Eu sei tudo isso é passado mas nem magoado eu te esqueceria”.

Essas músicas, embora aparentemente remetam a paixão a uma mulher cujo amor se perdeu, lembram imediatamente também o abandono sofrido na infância pelo cantor, cujo trauma nem mesmo o sucesso no mundo artístico, uma verdadeira façanha para alguém com sua história de vida, foi capaz de apagar.



OS CRÍTICOS

Evaldo, mesmo campeão de vendas de vendas, sentia-se inseguro. Queria reconhecimento. Que todos aceitassem seu sucesso. Irritado com as críticas que recebia, queixava-se com amigos: “- Olha aqui. O cara diz que não canto nada, né? Manda ele ver quantos discos eu estou vendendo. Diz pra ele.” Chegou a afirmar em um jornal “Não faço música para a elite. Gravo para os que moram na Zona Norte, que entende as minhas músicas.”

Sua vida e as dificuldades que enfrentou até aquele momento da caminhada estão em suas músicas. “As minhas músicas estão inspiradas, quase todas, nesse tempo de luta e de sofrimento. Elas espelham exatamente o que passei, que é, na verdade, o que muitos passam. Isso explica porque meus discos vendem”.


O MITO


Foram 25 anos de uma trajetória bastante peculiar, marcada pela tragédia pessoal e pela aclamação popular. Conviveu de forma intensa com a tristeza e a alegria, a sarjeta e a glória, tudo percorrido na velocidade de um cometa. No auge do tão sonhado e suado sucesso, no ano mais promissor de sua carreira, segundo ele mesmo , um acidente de carro na antiga BR-3 em trecho próximo ao município de Três Rios, no estado do Rio, encerrou tragicamente uma carreira curta, mas vitoriosa. Era 31 de janeiro de 1973.

Deixou uma legião de fãs desconsolados. O Cemitério São João Batista na cidade do Rio de Janeiro, lotou. A comoção foi tamanha que teve de ser contida com o apoio da tropa de choque da PM local.

Evaldo Braga faleceu com apenas dois discos gravados. Um terceiro foi lançado no ano de sua morte, mas era na realidade, uma coletânea. Trinta e nove anos depois de seu falecimento, a música popular brasileira passou por transformações avassaladoras, algumas das quais já se processavam quando de sua morte. Com isso teria ele caído no esquecimento?

Não, pelo contrário, seu mito manteve-se vivo na memória popular mesmo que nenhuma estação de televisão se dê ao trabalho de apresentar qualquer especial sobre sua vida e carreira. Em condições normais, ele teria caído no famoso “limbo do esquecimento”, mas, no entanto, mesmo depois de 39 anos, seu túmulo é visitado por romarias de fãs no dia de finados, seus discos continuam a ser adquiridos e podem ser encontrados com facilidade nos locais que cultuam a chamada música brega.



Em um álbum lançado após a sua morte, a gravadora Phonogran fez uma dedicatória na contra-capa:


Evaldo,

Com seu sorriso largo, sua música e sua vontade de vencer, você esteve pouco tempo entre nós. E ficou para sempre.

Aliados e testemunhas de sua luta para dar o melhor de si e conquistar a admiração e o respeito das multidões, nós sempre encontramos dentro do “ídolo negro” dos auditórios, o homem comum e humilde, a criança pobre, o artista disciplinado e o amigo sincero que você foi sempre. No desespero do início, no aceso da luta e na alegria da vitória.

A sua música povoou de emoção milhares de corações e, cantando suas dores e alegrias, você a fez um pouco de cada um que a ouviu e sentiu.
Para as multidões você será sempre o “Ídolo Negro”. Mas para cada coração, para cada rosto anônimo que o amou de longe, sua voz ficará como a do amigo que dividiu a imensa tristeza e as poucas alegrias de uma vida de lutas e sofrimentos com cada um que ouviu seu canto.


Cia. Brasileira de Discos Phonogram.

Fontes:

http://www.pauloluna.net/

http://www.evaldobraga.com/

 VÍDEOS


segunda-feira, 11 de abril de 2011

ALÍPIO MARTINS

Com vocês, Alípio Martins, um dos poucos a explorar o temas do cotidiano com tanta inteligência e bom humor.





ALÍPIO MARTINS


Nascido em Belém do Pará em 13 de junho de 1945, Alípio acalentava desde cedo a vontade de fazer sucesso e viver de música . Aos quinze anos fugiu de casa, entrou como clandestino em um navio que fazia o percurso Belém-Rio de janeiro, uma viagem de quase 30 dias e isso sem um centavo. Tudo com o intuito de chegar à capital da música do Brasil na época, o Rio de Janeiro, onde ele acreditava que conseguiria ter uma oportunidade.

O sonho quase foi abortado quando ele foi descoberto pelo cozinheiro do navio, mas conseguiu fazer um acordo com a tripulação. Apelou e afirmou que teria chance de ser cantor no Rio de Janeiro. Tudo isso ocorreu no ano de 1958. A família não queria que ele tentasse a carreira musical, pois quase todos achavam que seria impossível sobreviver ou mesmo ter sucesso.

Anos depois, em 1973 lançou o primeiro Lp de uma série de quatro discos intitulada de "O rei do carimbó", ritmo este muito popular no Pará e na época ainda desconhecido no resto do país. Deste período vale destacar a ótima "Piranha" do Lp O rei do carimbó volume 2.

Em 1978, sob o pseudônimo de Patrick, Alípio lança o curioso álbum "Patrick- O homem pássaro", uma tentavia de passar pelo crivo elitista das Rádios FM, que na época se recusavam a tocar forró e outros ritmos de gosto popular.

Decepcionado pelo fato das rádios FMs não tocarem sua música, apesar do sucesso nas Regiões Norte e Nordeste, decide morar nos EUA, experiência que durou 5 anos.

Ao voltar dos EUA gravou em inglês, sob o pseudônimo de Vick Mackenzie. Seu disco foi distribuído para as rádios sem que fosse revelado que na verdade aquele era o Alípio Martins, cantor de forró e não um genuíno cantor estadunidense. Como Vick Mackenzie ele copiava o estilo de James Brown. Quando descobriram que Vick Mackenzie era na verdade o Alípio, imediatamente as rádios pararam de tocar seu disco.

Então tem início ao período de gravações dos albúns de maior sucesso de sua carreira. Em 1984 grava o albúm Alípio Martins. Neste disco destacam-se os hits; Onde andará você, Você vai penar e a engraçadíssima Gozar a vida ( Ei, psiu eu quero gozar..... a vida com você). Imperdível.

Em 1986 novo álbum e mais músicas emplacadas nas paradas de sucesso; Você tem de pagar, Quero mamar, Cheiro no cangote e Tira a calcinha.

Em 1987 mais sucessos; O gato comeu, Tarado em você, Marca-Passo e Menina triste.

O disco de 1988 teve como faixas mais tocadas nas rádios; Oh Darcy e Você é que sabe

O ano era 1989, quando ocorreriam as primeiras eleições diretas para presidente do Brasil, após o período da ditadura militar. Alípio, como sempre crítico e bem humorado lança o  megahit "Os presidenciáveis". A música contava com a participação de um imitador que fazia as vozes dos candidatos à presidência da república e o cantor simulava uma consulta ao povo (Entrava até o Pelé na canção).

Agora Alípio era o mais tocado até mesmo nas FMs que antes o rejeitavam por ser popular

No fim dos anos 80 e início dos 90 o cantor e compositor paraense ficou conhecido também como o pai da “cultura dos cornos”. Desta época destacam-se "Lá vai ele", "Quebra esse galho", "Festa dos cornos" Chifre sertanejo" e em 1991 lançou o disco Carnaval do Chifre. Vale a pena ouvir e se divertir.

Em 1992 lançou um disco com uma temática mais séria, com destaque para a canção Extermínio, que falava sobre os menores abandonados e sobre o descasso com a educação.

Após colecionar mais sucessos, em 1996 lança seu último disco com destaque para as faixas; Alô galera
Melô da galinha e a imperdível Mamãe eu quero ser pastor.

Um detalhe interessante é que Alípio acreditava ser melhor produtor musical do que cantor. Quem teve a oportunidade de gravar com ele em estúdio até hoje lembra das estórias e as técnicas utilizadas por ele durante as gravações.


Milhões de discos vendidos, discos de ouro, platina, platina duplo, shows em estádios lotados. Milhares de suas composições gravadas por outros artistas. Alípio fez tudo por um sonho. O sonho era ganhar pelo menos um disco de ouro em sua carreira.
Ganhou dez discos de ouro e seis de platina.

Alípio Martins faleceu no dia 24 de março de 1997 em Belém do Pará aos 52 anos vítima de câncer de estômago.




MÚSICAS DE SUCESSO

  • Decisão
  • Eu Quero Gozar
  • Garota
  • Lá Vai ele
  • Onde Andará Você
  • Tira A Calcinha
  • Vem Me Amar
  • Quero Você
  • Oh Darcy
  • Os presidenciáveis
  • Quebra esse galho
  • Maria mariazinha
  • A volta dos presidenciáveis (lamentações)
  • Você é que sabe
  • Piranha
  • Quero mamar
  • O gato comeu
  • Melô da galinha
Fontes:
http://www.memoriadampb.multiply.com/
http://www.winkpedia.org/


VÍDEOS





COM VOCÊS, ADELINO NASCIMENTO


ADELINO NASCIMENTO

Nascido em 1958 na pequena cidade de Colônia Amélia, município de Turiaçú, região oeste do Maranhão. Adelino foi uma das grandes contribuições maranhenses à música brasileira juntamente com Raimundo Soldado e João do Vale. O primeiro disco, hoje lendário, foi gravado em 1984: Adelino Nascimento Volume 1. A gravação primária passa com eficiência a tristeza e a desilusão que ele buscava nas letras. A interpretação é bem consistente com esse clima.

Os discos seguintes apresentam melhor qualidade de gravação, mais recursos técnicos e uma evolução constante na interpretação. Mas o alicerce sólido da carreira, sem dúvida Adelino plantou nos volumes 1 e 2. São obrigatórios na coleção de qualquer fã de música brega que se preze.


 

Estilo


Adelino não se deixava abalar por formalidades linguísticas como concordância ou plural, passava ao largo desses pormenores. Sua linguagem era direta, falando direto ao povão, sem os malabarismos linguísticos dos caetanos, buarques e seus iguais. Assim como todos na música popular, Adelino estava ocupado durante a ditadura trabalhando e não podia se dar ao luxo de ficar passando mensagens ocultas em letras difíceis apenas para driblar censores e alimentar vaidades estilísticas.

Adelino era autêntico, viveu intensamente aquilo que cantou: amor, traição, tristeza, bebedeira, desilusões amorosas e relacionamentos proibidos (mulheres casadas ou damas da noite)
Muitos comparam Adelino ao grande Raul Seixas pois, tinham o mesmo estilo de vida; bebiam muito, cantavam com sentimento. Eram pessoas corajosas que decidiram viver assim e pronto.

Também é comum na obra do cantor citar o nome das mulheres que fizeram parte de sua trajetória, seja na letra ou mesmo no título: Tânia, Adalgisa, Juliana, Iza, Polyanna, Rosana, Naza, Sandra entre outras.



 

Reinado, o Adeus e o Legado


Como todo cantor brega, Adelino se intitulava o rei do estilo, o cantor dos apaixonados. Nunca foi coroado rei pela mídia, mas por 3 décadas sentou-se no trono da música brasileira, para onde foi alçado diretamente pelos fãs.

Com mais de trinta discos gravados, Adelino Nascimento estava entre os mais populares da música romântica regional. O cantor tinha problemas pulmonares e sentia crises constantes de asma. Outro grande problema em sua vida era o alcoolismo. Na principal comunidade do orkut havia uma campanha “Adelino pare de beber”. Comentava-se também sobre a exploração por parte de empresários inescrupulosos, o que em se tratando de Brasil é mais do que possível. Mas o fato é que Adelino também dava trabalho, às vezes não conseguindo fazer shows inteiros.

Tudo começou após um show na cidade de Japaratuba, interior de Sergipe, quando Adelino sentiu-se mal, com problemas respiratórios, mas não quis receber atendimento médico. O cantor passou mal novamente na segunda-feira, quando foi internado no Hospital de Urgência de Sergipe, onde veio a falecer de complicações cardio-respiratórias no dia 10 de abril de 2008. Ironicamente, morreu aos 51 anos.

Jamais teve site oficial. Sua carreira não era assunto para revistas Caras, Contigo, Rolling Stones e Vejas. Sua morte sequer foi noticiada nos UOLs ou portais de notícias da vida. Jamais caiu ou cairá no gosto de universitários sofisticados.

E mesmo assim deixou mais de 30 discos gravados e fãs espalhados por todo o Brasil.

Continuará sendo tocado nos bares sempre que houver uma história de amor fracassado, uma traição, uma desilusão e um copo de cachaça na mesa.

Permanecerá como um dos que dão o verdadeiro sentido ao P da sigla MPB


MAIORES SUCESSOS

    • Garota Proibida
    • Traga Passarinho
    • Taxista
    • Vou voltar pra São Luis
    • Telefone toca
    • Não toque essa música
    • Menina do interior
    • Caminhoneiro
    • Menina faceira
    • Tânia
    • Traz mais uma cerveja
    • Juliana

Fontes:
http://www.ronaldocamacho.com.br/
http://www.winkpedia.org/


VÍDEOS


 
 



domingo, 10 de abril de 2011

PARA COMEÇAR, CARLOS ALEXANDRE

O nosso espaço popular hoje presta homenagem a um dos maiores cantores que a música brasileira conheceu. Trata-se de Carlos Alexandre



CARLOS ALEXANDRE

O cantor nasceu em Nova Cruz, Rio Grande do Norte. Autor e intérprete de muitos sucessos, nasceu no dia 01 de junho de 1957. Na fase adulta passou a morar em Natal, onde iniciou a carreira de músico e conheceu o DJ Carlos Alberto de Sousa, que depois tornou-se produtor do cantor e o levou para São Paulo, onde foi apresentado aos produtores da gravadora RGE. Nos estúdios da gravadora paulista gravou em 1978, seu primeiro compacto com as músicas “Arma de Vingança” (parceria com Carlos Alberto) e “Canção do Paralítico” (parceria com Osvaldo Garcia). A aceitação do público foi imediata, a música passou a ser executada nas rádios, obtendo vendagem superior a 100 mil cópias, fazendo com que a gravadora gravasse no mesmo ano, o primeiro LP de Carlos Alexandre com o sugestivo título de “Feiticeira” (parceria com Osvaldo Garcia), nome de uma das músicas do disco que também foi gravado em castelhano. A experiência do cantor potiguar resultou na explosão da música “Feiticeira”, disparada nas rádios de norte a sul do país, levando o público a comprar mais de 250 mil cópias do LP.
É quase impossível alguém dizer que nunca ouviu uma música do repertório de Carlos Alexandre, inúmeros sucessos ganharam destaque na mídia. Além de “Feiticeira”, teve “A Ciganinha” (parceria com Aarão Bernardo), “Índia” (parceria com Carlos Alberto), “Final de Semana” (parceria com Maurílio Costa), “Já Troquei Você Por Outra”, de sua autoria, e outras dezenas de sucessos. O maior incentivo ao sucesso o cantor receberia ao participar da promoção Cantor Mascarado, da Buzina do Chacrinha. Carlos Alexandre ficou várias semanas cantando “Feiticeira” com o rosto encoberto. Chacrinha distribuía prêmios para quem acertasse o nome do cantor mascarado.

Sucesso

Durante pouco mais de dez anos de carreira, o sucesso foi o mais fiel parceiro de Carlos Alexandre. Seguindo na linha de Evaldo Braga, o cantor inseria sentimentos de traição, vingança e revolta nas letras das músicas que cantava, todos moldados por uma interpretação dramática peculiar. Aos que lhe criticavam, chamando-o de cafona e apelativo, Carlos Alexandre respondia apresentando o aval do povo “Acho que as pessoas que dizem isto é que são cafonas. Dizem que meu estilo é cafona só porque atinjo o povão. Mas não me importo. O mais importante é que todo disco que faço é sucesso e o povo compreende.” E compreendia mesmo, pois em três anos de carreira já havia vendido 500 mil cópias dos quatro LPs gravados até julho de 1982. “Assumi um compromisso com o público e sei que não vou decepcioná-lo. Desde meu primeiro disco, em 1979, que venho procurando atingir um número maior de pessoas, através da música. Pela aceitação demonstrada, acho que consegui este objetivo.” Como cantor, compreendeu muito cedo o poder que a música exercia sobre as pessoas, principalmente sobre o seu público, que anualmente surgia em maior quantidade, cada vez mais proveniente das camadas pobres da sociedade.
Quando lançou o LP Revelação de Um Sonho, em 1982, o quinto da carreira, Carlos Alexandre homenageou Evaldo Braga, outro ídolo popular, morto num acidente automobilístico no auge da carreira, em 1973. Ironicamente, o próprio Carlos Alexandre morreria também de desastre automobilístico, sete anos depois de homenagear Evaldo. O LP foi um dos discos mais vendidos daquele ano e reascendeu a saudade dos fãs de Evaldo. Na ocasião, Carlos Alexandre explicou para a repórter Ângela Toledo, da revista Sétimo Céu, o porque da homenagem: “Como Evaldo Braga estava muito esquecido, me propus a fazer um trabalho para reabilitar sua memória, e depois porque sempre me identifiquei com o que ele cantava.”


A Tragédia

O cantor morreu em 30 de janeiro de 1989 em um acidente de carro entre São José de Campestre e Tangará, quando voltava de um show em Pesqueira, em Pernambuco. O velório ocorreu no ginásio de esportes de Cidade da Esperança e o enterro, que reuniu milhares de fãs foi no cemitério de Bom Pastor, no dia 31 de janeiro. Segundo matérias publicadas na época, ele foi sepultado ao som da multidão cantando Feiticeira

Carlos Alexandre deixou 200 composições gravadas em três compactos e 14 LPs (sendo dois LPs e quatro CDs uma homenagem póstuma feita pela gravadora RGE). Com esses trabalhos ganhou 15 discos de ouro e um de platina. Para se ter uma idéia da dimensão de seu sucesso, a viúva do cantor, Maria Solange de Melo Bezerra, 48 anos, até hoje, 22 anos depois de sua morte, sobrevive com os recursos provenientes dos direitos autorais que ainda recebe, ‘‘a música dele ainda é tocada e regravada. Em todo o Brasil se escuta Carlos Alexandre. Recebo direitos autorais até de rádios de Portugal’’.


Músicas de sucesso

  • Feiticeira
  • A Ciganinha
  • Canção do paralítico
  • Toque em mim
  • Timidez
  • Arma de Vingança
  • Já troquei você por outra
  • Bichinho de estimação
  • Cartão Postal
  • Mulher igual a minha (Só em outra geração)
  • Índia
  • Vá pra cadeia
  • Senhor delegado ( A continuação de vá pra cadeia)
  • Não marco encontro por telefone
  • Não vou abrir a porta
  • Final de semana
  • Gato e sapato
  • Sertaneja
  • Traiçoeira
  • Vem ver como eu estou
  • Sei, Sei
  • Eu pensei que voltaria
  • Sai do meu caminho
  • Nosso amor virou um lixo


Clipes


 




Fontes: